O Centauro é um ser da mitologia grega, com torso e cabeça de humano e corpo de cavalo. Para os amantes dos esportes equestres, entretanto, o simbolismo é mais amplo. O Centauro pode ser considerado como a máxima integração possível entre cavalo e cavaleiro, onde as ajudas tornam-se imperceptíveis, parecendo que o pensamento do cavaleiro provoca o efeito desejado nos movimentos do cavalo.
Centauro é também o nome da revista pioneira dos assuntos equestres no Brasil. Publicada nos anos 60 e 70 por Heitor César Pimenta (o hipismo brasileiro muito deve ao Cel Pimenta, não só pela notável publicação que dirigiu, mas também por sua incansável atividade como dirigente esportivo e organizador de eventos), cobria eventos de salto, adestramento, cce, polo, corridas, leilões, criação, e tudo o mais que se relacionasse com cavalos. Tinha, entre seus colaboradores, como ilustrador, o então Capitão Pedro Paulo Estigarribia. O Cel Estigarribia é o autor da ilustração abaixo, e esperamos outras contribuições desse notável artista para o nosso site.
Por fim, para mim, e para mais alguns poucos afortunados que tiveram o privilégio de montá-lo, este nome traz a boa lembrança de um tordilho de apenas 1,52m de altura, nascido em Santana do Livramento, RS, em 1961. O Centauro foi meu primeiro cavalo, tendo chegado às minhas mãos já com 13 anos, e depois de já ter vencido por duas vezes o Campeonato do Exército de Saltos, além de outras proezas. Veio a morrer em 1984, nas dependências do Parque Osorio, em Tramandaí, RS.
Nossa equipe fixa, inicialmente, é formada por mim, Tulio Nunes, cavaleiro e juiz de adestramento, o webdesigner do site, por Daniel Baldissera, cavaleiro multi-campeão de salto e instrutor de equitação, e pelo eclético Titi Kroef, arquiteto, cavaleiro, e experiente course designer. Pretendemos convidar outras pessoas a colaborarem com o site, emprestando-nos um pouco de sua experiência e talento. Na medida do possível, e da disponibilidade dessas pessoas, iremos apresentando artigos ou entrevistas com pessoas que fizeram, ou ainda fazem, a história do nosso hipismo.
Com a mesma vontade que o pequeno tordilho passava a bandeirola de partida e arrancava para o primeiro salto, iniciamos este projeto, vislumbrando ter o mesmo sucesso dos Centauros, o cavalo e a revista do Cel Pimenta. Tulio Balestreri Nunes Janeiro/2010 |